O documentário “Rock Brasileiro – História em Imagens” estreou na programação da Première Brasil Música no Festival do Rio deste ano. Este foi o maior trabalho que o diretor Bernardo Palmeiro fez. Ao todo, foram 120 músicas e 650 imagens do rock brasileiro, uma verdadeira enciclopédia para os adoradores do estilo musical.
De Ronnie Cord a Fresno. Essa foi a trajetória traçada pelo documentário, incluindo depoimentos com personalidades do mundo da música como os produtores musicais Liminha e Miranda, além de empresários e artistas Erasmo Carlos, o eterno “Tremendão”, Fernanda Abreu, Pitty, Dinho Ouro Preto e Rogério Flausino. O documentário mostra a importância que o estilo musical teve na sociedade brasileira, desde a rivalidade entre os músicos da bossa nova e os roqueiros, simbolizando a diferença entre classes sociais dos jovens da época, passando pelo surgimento dos festivais de música dos anos 70, além do Circo Voador, que começou no Arpoador e era um reduto oitentista, onde a ‘Blitz’ fez sucesso e todas as bandas que surgiram após tocaram por tocar lá, até os festivais considerados mais modernos, porém extremanente comerciais como o Rock in Rio 1, onde a banda ‘Paralamas do Sucesso’ estourou e o Hollywood Rock, onde as bandas brasileiras foram tratadas da mesma maneira que as estrangeiras.
O rock não parou por aí. Os anos 90 foram um mix de diferentes regiões do país dentro do próprio rock brasileiro, sendo ‘Chico Science & Nação Zumbi’ o mais citado entre os depoimentos. Quando todos achavam que o rock brasileiro tinha morrido, surge uma nova turma. A cantora nordestina Pitty, que não gostava da idéia de ter que fazer seu rock ligado a algum estilo regional resolveu fazer apenas rock, mas rock “puro”. Depois, outras bandas se lançaram no mercado fonográfico, no entanto, foi através da internet que fizeram sucesso, como no caso da cantora Mallu Magalhães e da banda Cansei de Ser Sexy.
Não se assuste se achar o documentário curto. A intenção não foi colocar todos que fizeram o show acontecer, mas pelo menos os mais importantes. A edição deixou com que os depoimentos ficassem rápidos e diretos, assim, o telespectador não cansa e fica aquela sensação de que – quem sabe – haverá uma segunda parte do documentário.
O som do bom e velho – e por que não novo? – rock n’ roll brazuca, nunca vai morrer. Enquanto houver um jovem, ou alguém com espírito jovem, o rock permanecerá vivo. E não se esqueçam de pedir no fim da festa: Toca Raul!