Com certeza “A Casa de Nucingen” (La Maison Nucingen) é o pior filme de terror já visto – se é possível considera-lo como tal. Zé do Caixão é luxo perto do longa dirigido por Raoul Ruiz. Então, não se assuste caso veja as pessoas indo embora no meio do filme ou caindo na gargalhada como se estivessem assistindo uma comédia. A história é baseada na obra de Honoré de Balzac e se passa na década de 20. A trama começa por intermédio de uma conversa em um restaurante, que desemboca em um longo flashback. O casal que ouve a conversa é o aristocrata norte-americano William James e sua esposa Anne-Marie. Eles moravam na França, no entanto, James ganha em um jogo uma mansão velha e estranha no Chile, próximo à Cordilheira dos Andes.
Eles decidem, então, conhecer o lugar e ter uma tardia lua-de-mel. Depois de uma longa viagem até a mansão resolvem descansar. Mas as coisas que já estavam confusas e sombrias para o telespectador, só pioram. As pessoas que moram no local são familiares do antigo dono, que se suicidou após um malfadado jogo, e agem de maneira estranha, além de mortos-vivos que perambulam pela casa. Durante o decorrer das cenas, Anne-Marie começa a agir de maneira estranha: ela ouve coisas, fala com mortos, além de sentir-se cansada constantemente e querer dormir. Até que um dia, ela morre sem explicação aparente. A cena da mesa do restaurante volta e o homem, ao ouvir a história critica: “Mas não foi nada disto que aconteceu! Não tinha nenhum morto ou vampiro!”. Quem já não entendia o filme até aqui, desistiu de tentar entender o resto.
O chileno Raoul Ruiz tem um modo muito peculiar de fazer cinema. Seus filmes são marcados por um grau de bizarrice que costuma chocar os desavisados como é o caso deste filme. A trama é tão tosca que acaba ofuscando a má qualidade da produção, com uma péssima qualidade de imagem, pois parece que o filme foi baixado na internet, além de longos diálogos sem troca de câmeras.
A Casa de Nucingen (La Maison Nucingen)
de Raoul Ruiz. França / Chile, 2008. 94 min.