‘Ajudar na cozinha é tudo o que ele não faz’, diz Sylvio Meanda, de ‘Rebelde’

"Ajudar na cozinha é tudo o que ele não faz", diz Sylvio Meanda, de "Rebelde"

Por Renata Pacheco, para o TE CONTEI (atual Zappeando)

Sylvio Meanda está feliz da vida. O ator conversou com o TE CONTEI e falou sobre a repercussão de seu personagem em “Rebelde”, o ajudante de cozinha Pingo. Sylvio revelou também a sua paixão por cozinhar. Ele, que é artista plástico, também comentou, embora timidamente, sobre suas pinturas abstratas.

Para quem não se lembra, Sylvio interpretou Eugênio, o dedicado mordomo da mimada Estela (Lavínia Vlasak) em “Mulheres Apaixonadas”, na TV Globo, em 2003. No entanto, é por causa de “Rebelde” que o ator vem sendo reconhecido na rua. Na trama, Pingo, o reclamão ajudante de cozinha, vive com Teresa Silva (Cristina Mullins), uma espécie de mãe adotiva para ele. “Ele é boa praça, companheiro, amigo de todo mundo, mas não trabalha. Ajudar na cozinha é tudo o que ele não faz”, define o ator. “Essa é a graça da história, porque ele está sempre reclamando de tudo, está sempre cansado, diz que tem dor no pé, esporão…”, diz.Para a sorte do ator, ele não teve qualquer problema em viver o personagem, já que a profissão dele, ajudante de cozinha, é apenas uma referência. “Não tive preparação para o personagem, até mesmo porque até hoje não tive nenhuma cena em cozinha”, diz. “Mas nem precisaria desse preparo, porque sou um excelente cozinheiro”, afirma, com modéstia.

Falar em comida é um prato cheio para Sylvio que adora preparar jantares para seus amigos. “Adoro fazer massas e risoto. Adoro inventar receitas. É difícil achar um gordo que não saiba cozinhar!”, brinca. “O mesmo prazer que tenho em cozinhar, tenho em comer. Mas tenho preguiça de cozinhar só para mim”, confessa. “Gosto de cozinhar para amigos. Sempre faço jantares para seis ou oito pessoas”, revela.

Quando perguntado se já conquistou alguma mulher pelo estômago, o ator dispara. “Pelo estômago nunca, mas pela minha boca, pela minha conversa. Já fiz jantar romântico, mas antes do jantar, ela já estava preparada. Eu sou bom de conversa”, garante.Assim como seu personagem na trama, o ator diz que é extremamente curioso e quer saber de tudo sempre. “Mas é uma curiosidade sadia, sempre no limite da normalidade. Mas se você me der espaço, irei sempre no fundo da questão. Com o Pingo, ele apenas só passa a informação para frente. É como se fosse um jornalista ou investigador particular”, defende.O ator acredita que seu personagem é uma espécie de coringa no folhetim. “É cômodo para a autora [Margareth Boury], porque como o Pingo sabe de tudo e em algum momento ela precisa dar uma informação ao telespectador e, sem precisar transcrever aquilo, ela coloca o Pingo para falar que viu ou que sabe”, detalha.

O humor sempre foi a praia de Sylvio. Quando questionado sobre ter medo de ficar marcado como o gordinho que faz humor, ele diz que se sente confortável nessa área. “Com 15 anos de carreira, meus trabalhos sempre foram direta ou indiretamente ligados ao humor. Esse medo de ficar marcado é uma coisa normal”, confessa. “O humor é uma característica minha. Nunca vou deixar de ter. Todos os trabalhos que eu vier a fazer como ator terão, de alguma forma, o humor. Mas também posso fazer um vilão ou um personagem de época que tenha humor. O humor não precisa ser só o comilão preguiçoso”, garante.

Segundo o ator, a resposta do Pingo na rua é imediata. “As pessoas ainda vêm falar comigo um pouco acanhadas, mas falam. As crianças são as primeiras a pedirem autógrafos, fico muito emocionado com isso”, fala, todo orgulhoso.Quando o assunto é sua outra profissão, como artista plástico, ele se mostra dedicado. “Pinto telas expressionistas abstratas”, conta. Jackson Pollock e William de Koning são inspirações para seus quadros. “Meu trabalho é extremamente colorido”, explica, timidamente.Assim que “Rebelde” terminar, Sylvio pretende voltar a pintar e já está pensando, para meados de outubro ou novembro, montar uma nova exposição. “Sempre quando tenho trabalhos novos chamos os amigos para ver, discutir e saber a opinião deles. E com isso acabo fazendo uma receita nova ou uma degustação”, comenta ele, unindo o útil ao agradável.